23 de outubro de 2011

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                     O encontro com o "Ideal da unidade".

                       De Chiara Lubich

Conceição Pinheiro



Venho de uma família de cinco filhos, dos quais dois morreram ainda pequenos. Sou a caçula.

Nasci numa cidade de Uiraúna – PB - Nordeste do Brasil. A nossa casa era aberta a todos e acolhedora...      Quando meus pais se casaram havia naquele lugarejo pouquíssimas casas e cresci presenciando a luta de meus pais, principalmente a mamãe para construir uma Igreja. De certo modo, toda essa realidade me falava de Deus.

Recordo que quando criança escutava muitas histórias da vida dos santos e pensava de também eu ser santa quando fosse grande.

Depois tive que ir com meu irmão e uma irmã para a cidade mais próxima para estudar. Agora vejo que Deus me guiava também ali, porque mesmo sem os meus pais jamais procurei más amizades. Tinha um coração grande e sedenta de Deus.

Quando ia e voltava da escola passava sempre diante de uma Igreja, de portas abertas e falava muito com Jesus diante do Tabernáculo. Ali, confidenciava todas as minhas dificuldades.

Amava a música e participava de um coral amador de músicas folclóricas e sacras e fazíamos apresentações em festas, cidades vizinhas e até em Festivais de Corais: Por isso, participava sempre dos eventos sociais e religiosos mais importantes que aconteciam na cidade.

No período de estudante também me preparava seja espiritualmente como materialmente para o matrimônio procurando me informar, lendo ou fazendo cursos que se relacionavam com a família, pois, pensava formar uma bela família. Casei-me e vim morar em Brasília que eu ainda não conhecia.

Os três primeiros anos foram bem difíceis. Estava longe de minha família e de todos... Tinha tudo para ser feliz, mas, parecia que a vida não tinha sentido. Tinha muitos amigos, só que sentia um vazio muito grande...

Participava das missas aos domingos e procurava engajar-me na paróquia, dando aulas de catecismo para crianças, porém, dentro de mim faltava alguma coisa. Pedia muito a Jesus que me ajudasse...

No período do carnaval fui convidada para um encontro que tinha a proposta de uma Palavra para se viver cada dia. No primeiro dia palavra era: “Não quem diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai”.

Vi que não estava assumindo o meu matrimônio como devia. Que não tinha Deus em primeiro lugar na minha vida. Que Deus para mim era como um rei deposto.

Foi um momento forte e decisivo. Foi mesmo encontrar o tesouro que procurava... Não podia prosseguir como antes. Escolhi Deus como Ideal de minha Vida, pospondo todo o resto. Ali começa minha “divina aventura maravilhosa”.

Depois Deus me presenteou uma família pensada pelo seu amor infinito e peço a Ele para que nós os devolvamos  santos, para a sua glória.

Daqueles momentos em diante os meus dias se preencheram de sol e todas as coisas que fazia também as mais insignificantes, tinham valor. Podia fazer tudo por amor... Por “Ele”, na pessoa para qual realizo cada ação. “Para Jesus que quer ser amado no irmão”. Sentia que ninguém podia passar por mim em vão.

Tinha encontrado novamente a alegria de viver e provar o quanto é verdadeiro aquela frase do evangelho: “Passamos da morte à vida quando amamos o irmão”.

Eram tantas as oportunidades de amar!

A escola onde trabalhava era muito pobre. Um dia não tinha o lanche para as crianças e para muitos, aquela era a única refeição da manhã. Mesmo se eu não era responsável daquele setor sentia que devia fazer qualquer coisa. Tirei os trocados que tinha na bolsa e vencendo o respeito humano pedi o que faltava para meus colegas. Através de pequenos gestos como este encontrava uma grande liberdade dentro de mim e uma paz profunda na minha alma.

Também em casa mudou o meu relacionamento com o meu marido. Sempre nos queremos tanto bem. Mas, agora, o amor é mais sobrenatural; cada um procura esquecer-se de si para amar Jesus no outro e assim construir a presença de Jesus entre nós. Pois, Ele prometeu: “Onde dois ou mais estiverem unidos em meu nome eu estou no meu deles”. Viver para construir a unidade... Construir a presença de Deus no nosso meio. Amar... Amar... Amar... E recomeçando sempre!

 

Agora não existe mais lugar para desesperança. Colocando Deus em primeiro lugar sempre. È maravilhoso ter o coração livre. Vazio para escutar o outro, mas pleno de amor para quem encontro em qualquer lugar por onde passar.

Este encontro se passou há muitos anos atrás, mas cada dia é novo. Como novo é o meu relacionamento de cada dia com meu esposo e minhas duas filhas. Já se passaram mais de trinta anos e cada dia é uma conquista recomeçando sempre.

                 Encontro do Movimento dos Focolares, em Brasília - DF.

                                                     03/04/2004.

                                              moreira.mcp@gmail.com


 

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Sempre peço a Deus por todos que passaram por mim... Para que sejam “como os astros voltados sempre para outro". Para amar a Deus, no outro.
Lembro-me que escrevia muitas vezes no caderno bonito de cada um :
“Seja sempre o amor para ser sempre feliz”.
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O AGIR QUE SE ALARGA


“E preciso fazer com que as pessoas e grupos, engajados nas várias dimensões da vida humana, redescubram os valores profundos e eternos do homem, coloquem a fraternidade como base de suas vidas e só depois se mobilizem para a ação”. A conseqüência é a seguinte:
O AGIR SE ALARGA, PASSANDO DE UM AMOR INTERPESSOAL PARA UM AMOR MAIOR,
AQUELE PELO 'PÓLIS', PELA CIDADE.

“È um amor que exige sacrifícios, esforços, fadiga. Pede para que todos se transformem de pessoas covardes e egoístas, preocupadas apenas com os próprios interesses e os próprios afazeres, em pequenos heróis da vida cotidiana, que no dia-a-dia estão a serviço dos irmãos, de todos, prontos até mesmo a dar a vida por eles”.
Chiara Lubich

O nosso exame final

Certa vez Chiara Lubich fez uma simpática interpretação do juízo final. Ele dizia mais ou menos assim: Jesus é mestre e deve nos examinar nofinal da vida, mas é muito diferente dos outros "mestres", porque jános deu as perguntas e as respostas do exame. E quais são?
"Tivefome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, estava nu eme vestiste, estava enfermo e me visitaste,... E nós perguntaremosquando é que fizemos tudo isso. Ao que ele responderá: Toda vez que ofizeste a um desses pequeninos, a mim o fizeste.” (Mt 23, 35-40).
Então, já sabemos as perguntas do nosso exame final. Estas serão sobreo amor, unicamente sobre o amor. Amor a Deus no irmão, em cada próximo.

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Oração pela paz - Oração do TIME OUT

"Eterno pai, unidos em nome de Jesus, te pedimos a paz para o mundo, para que não existam mais guerras e conflitos em nenhuma parte da terra. Que inspirados pelos teus ensinamentos, possamos ser, em primeira pessoa, construtores daquela paz justa, sem distinção de fé nem de nacionalidade. Pedimos também que se resolvam os problemas dos países que sofrem pelas graves situações econômicas, políticas e sociais; enfim, pedimos que o mundo unido se torne uma realidade. Amém" Agendei no celular para despertar. Todo dia, meio dia paramos para fazer esta oração planetária iniciada pelas crianças do Movimento dos Focolares, pela paz no mundo.

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